Rúbrica Queen B Gala 7

Estimadíssimos leitores,

Voltamos a ter um Ídolos com muitas cantigas :) e equilibradamente bilingue!

Quanto aos apresentadores, estiveram como o costume, jovens e divertidos como se quer para o espírito do programa, mas com algumas gralhas. De qualquer forma, é bom de ver que se dão bem e há uma empatia muito boa entre os dois. De certeza que esta harmonia contribui em muito para que trabalhem cada vez melhor e para que até os erros deles se tornem engraçados e desculpáveis.

Solange Hilário – a Solange diz que se sair hoje, já está preparada para isso, pois sabe ser, do actual grupo, a concorrente menos popular. Ao que os Ídolos têm sido (uma constante surpresa) digo que é bom que ela esteja preparada para as duas coisas: seja sair ou continuar. Quanto à noite de hoje, no “Fame”, a Solange esteve bem e desta vez não lhe notei aquela voz que parecia vinda das profundezas do oceano: esteve limpinha e a prometer que queria agarrar bem a fama. Para mim não ficou uma promessa 100% segura, mas vá, já esteve mais longe. No segundo tema, com um tema bom para desbundar, a Solange teve uma expressão contagiante, uma alegria e desenvoltura muito bonitas de se ver e toda a composição do tema foi muito, muito agradável. Foi bom de se ver. No entanto, a Solange demonstrou que se soubesse escolher as músicas dela, provavelmente tinha feito um percurso bem mais cativante.

Filipe Pinto – das músicas atribuídas pelo júri pareceu-me que a música do Filipe seria aquela menos propícia a brilharetes. A verdade é que também me pareceu que este desafio foi colocado ao Filipe não para ele fazer um brilharete em termos vocais, mas para como diria a Roberta, se soltar um pouquinho mais. Para descontrair mais e libertar uma expressividade até aqui sempre algo contida. Acho bem que hoje se faça valer da expressividade porque li que o garoto está constipado. No entanto, na primeira música, apesar da colaboração e saltinhos parolos das bailarinas (que a propósito estavam horrorosamente vestidas em quase todas as suas colaborações), o Filipe esteve muito aquém das minhas expectativas na sua interpretação à música do Roberto Carlos. A música que lhe foi atribuída era para lhe espevitar a expressividade, mas cadê ela? Foi muito pouca. No segundo tema, “Ide or Idautxíu”, segundo o Filipe, “With or Without You”, segundo o Manzarra, o Filipe esteve, para mim, a quilómetros da prestação que fez com a primeira música, bem melhor. Mesmo assim, considero que lhe falta toda a vibração em palco que a Diana consegue. Mas, se isso hoje lhe for permitido, com certeza que o rapaz tira a mão dos bolsos.

Carlos Costa – meu querido Mogli, eu não gosto de dizer mal do pessoal, não sou de criticar os concorrentes pela aparência (excepto aquela de que têm culpa – escolha das roupas) ou pela personalidade (cada um tem a sua e em cada personalidade certamente encontraremos algumas coisas com as quais embirrar, e verdade seja dita, eu conheço lá a personalidade dos meus verdadeiros Ídolos, para que é que me ia preocupar com isso aqui), mas ou é a imprensa, que pegajosa e por vezes pervertida, que distorce as palavras das pessoas ou então és tu que andas a pisar em terreno perigoso. Explicitando para quem não está a ver bem onde quero chegar, os meninos do Ídolos, como sabemos, vão dando entrevistas, e, achei que o Carlos não foi muito feliz numa dessas entrevistas. Um dos aspectos que eu julgo (ou julgava) mais espectacular neste grupo era o seu espírito, a sua união e coesão apesar de o formato do programa os colocar enquanto rivais. No entanto, o Carlos revelou algum azedume em relação ao Filipe neste comentário: "O Filipe tem muitas abébias, desde a primeira gala que canta as músicas da mesma forma, com a mesma presença de palco e nunca lhe foi apontado o dedo, quando eu e mais alguns dos meus colegas mostramos imensa versatilidade e não somos valorizados por isso, infelizmente. Mas pronto, depois, posteriormente, vamos ver se o público vê isso". Será impressão minha, ou foi como quem diz: eu sou melhor, por isso pessoal (público) acordem e mandem o gajo embora! Foi um bocadinho foleiro, mas o Carlos batalha a todo o custo pelos sonhos e todos temos maus momentos… Polémicas à parte, o Carlos mostrou-se preparado para arrasar neste desafio, por isso, o que interessa é avaliar a sua prestação! E o seu “Sopro do Coração” foi uma boa prestação. Das actuações propostas pelo júri, até acho que foi dos que se safou melhor, no entanto ao meu coração chegou 0. Até me provocar um sopro, o Carlos teria ainda muito que correr. Continua a estar presente muita técnica, rigor, empenho, mas não chega emoção até cá. Rihanna foi mais ao estilo dele, mas esperava mais. Até julgava que ia seguir mais e envolver-se mais na coreografia com as bailarinas! Mas ainda assim, eu diria que senti mais emoção nesta actuação do que na primeira.

Diana Piedade – discreta e sem grandes alaridos fora de palco. Absolutamente dedicada, talentosa e envolvente em palco. A Diana mantém o seu lugar e adia uma despedida que cedo foi anunciada. Ainda bem! Mais uma vez, arrancou com um tema que depois de ouvir achei brilhante, mas que pouco ou nada me dizia antes e garantiu 20, 30, 50 dos meus votos (como o Manzarra sugeriu) se estivesse disposta a gastar tanto dinheiro, mas não estou ;) Voz, presença, teve direito a tudo. É assim que se envolve uma plateia, é assim que se conquista o público. Sinto-me capaz de afirmar com segurança que quero ver a Diana na final. Depois da intensidade da primeira actuação pensei: vai ser mais uma vez a dona da noite porque também tem segunda música para agarrar tudo e todos e despedaçar completamente o palco. Gostei da forma como defendeu que esta também poderia ter sido uma escolha dela e fiquei com as expectativas em alta! O que aconteceu foi que foi mais suave, mas nem por isso menos intensa. O palco foi todo dela, foi verdadeiramente arrebatadora. Rendo-me.

Inês Laranjeira – a Inês subiu em flecha no site oficial do Ídolos, ultrapassando aquele que não saía do pódio desde o início: o Filipe. Aconteceu uma reacção deveras espectacular à sua passagem pela corda bamba na semana passada. E das duas uma: ou os fãs acordaram e finalmente vão mostrar-se e manifestar-se (salientando a sua preferência e em seguimento votando nela, julgo eu), ou é quase uma estratégia de marketing interessante para chamar atenção para a menina. Isto é, amigos e familiares juntam-se para fazer disparar a sua popularidade no website, para que assim a sua imagem fique mais saliente junto do público e seja assim atirado para a corda bamba quem não for alvo de tanta atenção. Atiro mais para a primeira hipótese, porque para chegar aos 1000 e tal fãs não bastava a família e amigos. A ver vamos… Esta noite no primeiro tema, escolhido pelo júri, a Inês não brilhou na minha opinião… Foi docinha, querida e amorosa, mas se o Laurent costuma dizer que é preciso dar 200% para chegar aos 100%, acho que desta vez ela terá dado 100% e para cá passou apenas 50%. Além disso esteve completamente despersonalizada: senti falta do seu toquezinho neste tema, toquezinho que bem sabemos, pode fazer toda a diferença. No segundo tema, a Inês devolveu ao Ídolos a sua magia, a sua doce inocência, a sua expressividade, mas mesmo assim não foi arrasadora, e apesar da piada que tem andou por ali aos caídos. Resta acrescentar que na segunda actuação, fez tudo isto com um look um bocadinho estranho – fiquei na dúvida se era para ser sexy, se era para ser Floribella – mas ficou perdoada. O júri já estava tão fera que fiquei aqui a sofrer pela rapariga e a pedir para que o coraçãozinho dela não rebentasse.

P.S.: Achei mesmo engraçado que algumas pessoas pensassem que eu e o Samuel Ranking somos uma só pessoa :) . Não, não somos. Somos claramente duas pessoas distintas. Acho que temos estilos de escrita suficientemente diferentes para que se possa perceber isso, mas de qualquer forma, aproveito para informar que além de eu ser do sexo feminino e de o Samuel ser um elemento do sexo masculino, a nossa localização geográfica, também muito distinta, não permitiria a nossa fusão numa só pessoa ;)


P.S. 2: Meus queridos, o programa de hoje foi uma prova de que devemos todos seguir o nosso coração, e fundamentalmente, que podemos sempre apaixonar-nos por algo que não nos atrai à partida. Quando fazemos alguma coisa por gosto, não por obrigação, as coisas têm outro toque, outro brilho, outra chama!


P.S. 3: Continuo a defender que a Solange é genuína (independentemente da sua qualidade, de concordar com a sua permanência ou não ;) )