segunda-feira, 7 de dezembro de 2009



Mini-rúbrica semanal

Eis que chegou o grande dia. Aconteceram aspectos giros e aspectos menos giros. A apresentadora, Claúdia Vieira, começou levemente esganiçada e não sabia bem como se colocar quando não lhe cabia falar, mas para uma estreia nestas andanças acho que não esteve nada, nada mal. O Manzarra, mais experiente, também não. Claro que se atropelaram, falaram fora de tempo, mas vamos acreditar que foi só por este ser o primeiro programa. Isso e alguns erros de realização e um som nem sempre da melhor qualidade… O que vale é que a entrada dos concorrentes foi porreira!

Quanto ao tão desejado cenário do programa, foi o mesmo filme de sempre. Sim, aquele palquinho mínimo…

Vamos ao que interessa. Eis um julgamento dos concorrentes, por ordem de actuação no programa.

André Cruz: Confesso que simpatizei bastante com o cenourinha durante a fase de castings, e desta vez esperava mais. Fiquei com vontade de lhe dizer, “Anda lá! Vamos lá fazer isto de novo! Mostra do que és capaz.”. Não esteve mal, claro que não, mas já o vi a ser bem mais singular e espectacular!

Mariline Hortigueira: antes da gala, o que tinha a dizer sobre a Mariline é que esta é a concorrente “pacote”. Os ingredientes necessários para ser um Ídolo estão lá todos: boa voz, boa imagem e é expressiva. Sim, tem os ingredientes todos, mas é inevitável que quando ela actua fique de reserva um “mas…”, “mas afinal a receita não saiu assim tão boa”. Pois é… Não consigo reconhecer nela a chama, o carisma (palavra tão amada da jurada Roberta Medina), uma personalidade diferente! Aquele qualquer “coisa” que nos deixa colados ao ecrã a pensar “UAU! Bis! Bis!”, e depois do programa a querer ouvi-la novamente 5, 10, 100 vezes no youtube! Depois do programa, a minha opinião manteve-se. Tinha música para muito melhor, e concordo com o Manuel Moura dos Santos, não fez esquecer o original. Mas sim, eu sei, a Beyoncé é uma diva difícil de esquecer.

Márcio Costa: O Márcio enganou-me. Prometeu no jornal 24 horas uma mudança de visual, e ou estou mais míope do que o costume, ou não vi nada! Sublinho também que é dos candidatos que tem que ter cautela na dicção. A sua prestação foi boa, agradável, mas nada de extraordinário. De qualquer forma, por vezes, as intervenções do Pedro Boucherie são absolutamente desnecessárias: “Não sei se tens futuro no Ídolos”. O Márcio, que ficou conhecido no primeiro casting como “impassível” até ficou com a lágrima ao canto do olho! Doeu-me o coração. Entretanto esta dor aliviou porque o Márcio fez-me rir com uma memorável resposta ao “Está a bater forte” da Claúdia Vieira, “Tá! Uma beca.”. Assim é que é!

Mariana Tavares: Pensei incluir a Mariana Tavares no grupo dos “quem?” (famoso grupo de que mais à frente vão ouvir falar), mas no site oficial esta candidata gozava de uma impressionante popularidade, com mais fãs do que candidatos que apareceram bem mais do que ela. Então eu cogitei: sou eu que não ando a prestar a devida atenção a esta candidata. Hoje prestei atenção e gostei: suave, doce, serena, expressiva. Uma boa surpresa não descoberta até aqui.

Solange Hilário: quando soube qual foi a música que esta candidata escolheu, não achei que tivesse sido a melhor escolha. No entanto, a Solange é lindíssima e a sua prestação foi excelente. É uma diva com nome próprio ao melhor estilo internacional, sem dúvida.

Catarina Boto: esta concorrente faz parte do – a partir de agora famoso – grupo dos “quem?”. Faz ela, assim como a Marta Silva e a Melina Pires. Estas são, na minha opinião, as concorrentes que, pela falta de promoção, durante a fase de castings partiram em maior desvantagem para a primeira gala. Mas, pensar positivo! Se partiram em desvantagem também carregavam com elas uma enorme vantagem: por serem as concorrentes que talvez pior conhecêssemos eram aquelas com uma margem mais larga para surpreender! Conhecíamos pouco, por isso tudo o que viesse de novo, seria bom. A Catarina agradou, foi expressiva em palco e atingiu notas muito interessantes, apesar de em certos momentos me soarem um pouco estranhas. Revelou personalidade, como a Medina dizia, mas concordo que ainda passa uma imagem fria como o Manuel acrescentou.

Diana Piedade: foi das concorrentes que beneficiou mais com a transformação de imagem para o concurso. Achei que teve um início mais fraquinho do que esperaria dela, mas a meio da música soube dar-lhe muita personalidade, como outra coisa não seria de esperar. Ainda assim, faz parte dos candidatos para os quais as minhas expectativas estavam mais elevadas.

Carlos Costa: vou-vos contar um segredo. Para mim este candidato é carinhosamente apelidado de “Mogli”. Digam lá, não tem mesmo um arzinho? E a Medina copiou-lhe o penteado, viram? Pois bem, ele esteve muito bem, um bocadinho excessivo talvez (o ídolos não é um musical!), mas estava mesmo feliz, e eu fiquei rendida a essa felicidade. Encheu o palco de energia e vida.

Diogo Alvarenga: não tinha grandes expectativas para este concorrente, e a actuação dele não me trouxe nada de novo. Ainda assim, é de realçar a forma como agarrou uma música que requer muita força e tem uma interessante voz e fotogenia perante as câmaras.

Marta Silva: Quando vi esta concorrente só pensava “Que penteado!”. Na minha opinião, estava demasiado punk e com um ar muito masculino. Também não me surpreendeu. Foi poderosa na resposta ao Boucherie, mas deu-lhe um tom arrogante não muito agradável.

Salvador Sobral: ouvi dizer que o miúdo está com medo de ir fora já por causa da “arrogância” que lhe atribuíram no domingo passado. Eu cá acho que ele não é arrogante. É gozão, sim, sem dúvida. Mas é a meu ver uma coisa espontânea, natural, sem maldade. Cá para mim, Salvador, és um simpático! Tens uma voz deliciosa, és um swingado e um grande entertainer.

Carolina Torres: Meus senhores e senhoras, o que eu mais gosto nesta moça é a sua espontaneidade. A nível vocal é agradável, mas principalmente tem um nome próprio e assume-o em qualquer coisa que canta. Só não gostei do penteado rídiculo que lhe fizeram: parecia uma bruxa preparada para montar na vassoura. Ela merecia bem melhor.

Melina Pires: Não tenho nada de relevante apontar. Todas as prestações foram agradáveis, esta não é excepção, mas também não me surpreendeu. A Mel, como foi carinhosamente apelidada, estaria lindamente na minha colmeia. É doce e suave a cantar, mas concordo com o júri quando sublinhou que outra escolha musical a poderia ter favorecido mais.

Filipe Pinto: o Filipe chegou em crise de identidade ao Ídolos, mas a verdade é que toda a crise pode desencadear bons resultados. Ele foi bom, foi bestial! Transmite um feeling diferente. Concordo que ele é especial. Ainda assim, acho que ele tem que abrir mais as palavras quando canta, não as arranhar tanto e além disso começo a ter vontade de ouvir nele estilos um bocadinho diferentes. Já todos sabemos do que é capaz neste registo, queremos surpresas! Só mais um pormenor, detestei o visual: caramba, vestiram-no como um puto do 5º ano!

Inês Laranjeira: quando a Inês Laranjeira entra em cena, eu sei que é a Inês Laranjeira. Para mim, este é o grande potencial desta concorrente. Um ídolo tem que ter uma personalidade própria, saber afirmar-se por si. A Inês tem a lição mais que estudada! Quando a Inês canta não é uma música de um autor com nome bem firmado cantada pela Inês que eu ouço, é a Inês a cantar. De tal forma que, enquanto ela actua, eu lembro-me lá de quem antes cantou aquela música! Naquele momento aquela música é dela, de mais ninguém. Porém, hoje a verdade é que apesar de ela ter sido super carismática em palco, estar com um visual impecável, eu realmente tinha constantemente sob pano de fundo a voz dos iorgurtes! Ainda assim ela foi, como outra coisa não seria de esperar, muito boa.

A Queen B, declara com seriedade, que embora esta fase já esteja cheia de talentos e seja uma dor de coração ver qualquer um deles partir, desta vez, enviaria para casa, por ordem alfabeta: o Diogo Alvarenga, o Márcio Costa, a Mariline Hortigueira, a Marta Silva e a Melina Pires.

2 comentários:

  1. Boas!!

    Antes de mais, deixa-me felicitar-te pela tua interessante e lúcida perspectiva sobre aquilo que se passou na gala de ontem.

    Antes de entrar na minha opinião sobre a actuação de cada um, gostava de deixar duas notas:
    1. O tamanho do palco, se bem que reduzido em comparação com o da OT, é muito semelhante àquele que foi utilizado na 1ª edição do À la recherche de la nouvelle star ("irmão" francês do Ídolos).
    2. Nota negativa para o pouco tempo que foi dado a cada um dos candidatos para cantar e convencer o público...Espero sinceramente que esse aspecto venha a ser corrigido para a gala do próximo domingo.

    Entrando agora na parte de avaliação de cada um, acho que é possível agrupar as prestações em 4 grupos:

    1. Podiam fazer melhor
    - Marta Silva
    - Diogo Alvarenga
    - Márcio Costa

    2. Faltou alguma coisa
    - Melina Pires
    - André Cruz
    - Mariline Hortigueira
    - Catarina Boto

    3.Prestações agradáveis
    - Inês Laranjeira
    - Mariana Tavares
    - Carlos Costa
    - Salvador Sobral
    - Carolina Torres

    4. Prestações da noite
    - Solange Hilário
    - Diana Piedade
    - Filipe Pinto

    A lógica parece indicar, portanto, que os 5 concorrentes eliminados serão dos grupos 1 e 2 mas não posso deixar de manifestar a minha intuição de que haverá surpresas...ora porque há músicas que podem não ter caído muito bem junto do público, ora porque há concorrentes que partem com alguma desvantagem por ausência de tempo de antena durante a fase dos castings...

    O meu palpite para a eliminação: Marta, Márcio, Diogo e Melina. O 5º nome é, para mim, a incógnita...podendo ser a Mariline, a Catarina ou a Mariana.

    E pronto...aqui fica também a minha opinião...

    Júri calvin_hobbes.

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